30 de novembro de 2013

COM . PART . ILHA (A)R

O ato da partilha é o principal fundamento da educação.
Não seria nem um pouco excessivo dizer ser o essencial.
 
Enquanto humanos somos parte de um imenso e complexo encontro e reencontro constante de moléculas geradoras de infinitas propostas de VIDA, onde a MORTE constrói o senso do limite.
 
Coordenar e organizar todos os processos contidos neste caos sistêmico, é função da potência mental.
 
Muitos entendem como sendo "mente" o poder de comandar e controlar pensamentos e ideias, colocando-os em alinhamento racional. Dentro desta linha de compreensão a razão e a lógica (movidos pelos impulsos provenientes do lado esquerdo do encéfalo), ganham predominância nas funções vitais, gerando natural...mente um afastamento dos sentidos e suas manifestações cenestésicas, sinestésicas e cinestésicas. Estas passam a ocupar lugar secundário na construção dos processos de escolhas durante o cotidiano, assim construindo a existência.
 
Em casos assim, a part. ilha é feita através de ferramentas intelectuais onde conceitos, regras e dogmas geram campos de convivências desalinhadas com algumas partes do SH.
O lado direito do encéfalo (onde habita a arte de viver) aprende a respeitar os ditames absorvidos do campo externo, conduzindo os sentidos à confluência com o que assim foi construído.
A ilusão da totalidade se apresenta, uma vez que, os Seres Humanos "inconscientemente" sabem que fazem parte de um todo (Holo).
 
Manter a consciência camuflada é alimentar o inconsciente, ou seja, não se conectar com o verdadeiro saber. Este "saber" está escrito na Energia Vital contida na medula óssea.
 
Assim como a coreografia  descrita acima desenvolve uma parte da convivência dentro do SH, a outra, que priorizará o lado direito do encéfalo, repetirá a mesma proposta coreográfica com uma grafia distinta pautada apenas na sensorialidade.
Sendo assim, orientar na direção de vivências (experiências) apoiadas em um olhar profundo do caos interior onde os lados encefálicos se misturam e se confundem entre si, observando com atenção tudo que surge como expressão, ação e reação, é o caminho para o fortalecimento da potência energética  adequando-a ao Corpo Físico (esqueleto ósseo - CO), tornando-o instrumento da sua vontade.  
 
Para aprender a aprender com a consciência basta observar o ato de respirar tornando-se espectador assíduo de si mesmo, abolindo críticas e julgamentos das formas in.divi.duais de conceituar.
 
Experimentar o novo...sem medo de errar para construir o eterno ganho que os movimentos vitais nos presenteiam a cada momento presente!
 
Quanto mais amplo for o ato de res...pirar... mais integrado será o SH com os componentes da ilha onde vive: O Sistema Solar! 
 


Aos poucos chega-se ao UNI.VERSO.

25 de novembro de 2013

RESPONSABILIDADE x CONTROLE

Excesso de responsabilidade = energia de controle hipertonificada no Sistema Humano = medo da entrega = medo de perder.
 
Quando há entrega perde-se um nível de consciência; ganha-se outro mais amplo. A ampliação da consciência conduz o SH à estágios de transcendência, onde a sensorialidade predomina  expandindo o campo cognitivo. A intuição aflora e respostas vêm do interior do Ser. Estes processos dão ao Soma um caminho de ausência física, ou seja, as realizações ganham forma no Corpo Etéreo congestionando o Corpo Físico, movimento este que desconecta a mente (pensamentos, ideias, sonhos e desejos) do coração (alimento visceral). A  unidade do SH colapsa.
A conexão com o Holo (unidade dos 3 corpos + Sistema Planetário) enfraquece.  
 
A entrega acontece sem o enfraquecimento das redes tonais do CF, quando a conscientização da matéria, seus limites, conceitos e regras são respeitados. Este respeito é alcançado quando o foco da atenção  volta-se  permanentemente para as observações internas e suas reflexões externas.
 
Medo da entrega = medo da intuição.
 
Intuir significa sentir além da matéria física; captar além da imaginação; fluidificar o pensamento; respirar!
 
A intuição é a respiração da alma!
 
Ela vibra na essência da Energia Vital, composto central da medula.
Sentir e conscientizar os limites dados pelo esqueleto ósseo é trazer os conceitos sobre Cenestesia, Cinestesia e Sinestesia - Sensos Perceptivos - para os movimentos vitais aplicando a intuição no cotidiano.
Este é um dos caminhos que conduz à humanização, onde o controle transforma-se em simples organização sistêmica.
 
O excesso de responsabilidade nasce de um CF que não respira, alterando a inter-relação entre Ego e Id, projetando ações e reações  no Superego. Uma camada densa é gerada no Corpo Etéreo  impedindo o fluxo sanguíneo de compor densidade necessária para a revitalização das células.
O resultado é um CF estafado onde a rede do estresse perde o equilíbrio entre Hipo X Hiper tônus.
 
Deste desequilíbrio surge os medos = do(res)enças. 
SH equilibrado vive os medos e não os armazena no diafragma.
 
Alcançar o fluxo vital é possível quando um estudo aprofundado sobre as ARticulações e o peso ósseo são desenvolvidos com cuidado e atenção, aplicando no estudo os conceitos cenestésicos, cinestésicos e sinestésicos.
 


Assim o faz a MOITAKUÁ e sua Dança Essencial!
 

18 de novembro de 2013

SOBRE PROBLEMAS E PEDRAS



Problemas do cotidiano são como pedras no leito de um rio.

Servem para dar movimentos às águas, com mais ou menos intensidade nas pressões.

Reunião de pedras forma barreira e as águas precisam fazer mais força - intensificam a pressão - para rompe-la. O atrito causado por esta força sobrenatural,  as vezes conduz as pedras com mais velocidade, criando cascatas e cachoeiras.

Quem se atrever a navegar em correntezas, poderá perceber o valor das ondas emocionais.
"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura."

Cabe ao tempo administrar o deságue. Quando chega nas águas salgadas dos mares, as emoções se avolumam fazendo com que a transformação ocorra com mais sutileza e, consequentemente, de forma mais profunda. Jamais deixarão de acontecer. Faz parte da história.

No Corpo Físico, os ossos dão à forma um conceito para ser vivenciado: "você é um Ser Humano!"
Olhando para estas pedras mágicas, não há dúvida de quem se encontra à nossa frente. Visão franca, simples e verdadeira tanto quanto aquela que nos dá as pedras.
As emoções, águas profundas, vão moldando o esqueleto dando ao córrego caminhos distintos da força do destino.

Sendo o Esqueleto Ósseo o conceito, o que seria a medula?
Ela é a potência - Energia Vital - que move os ossos dentro das redes das motiv.ações  vibracionais  escultoras da teia do Sistema Nervoso Periférico que pode ser visto como sendo o fluxo do rio.
Esta potência, tanto quanto a que move o rio, tem como matriz a força do Universo - Movimento Vital.

Caminhar pelo cotidiano preservando seu fluxo  no interior da matéria, depende muito de COMO lidamos com a Dança Essencial dentro do Corpo Físico adequando-o coerente...mente com as coreografias do Corpo Ósseo e Corpo Etéreo.

Dar mais importância aos problemas do que às soluções existentes neles é gerar produção de barreiras.
Nem todos estão preparados para descer corredeiras; a grande maioria dos humanos colapsa. Deste colapsos surgem as doenças física, mentais e espirituais.

Desconceituar conceitos entregando os ossos aos processos do caos é vitalizar o dia a dia extraindo dos momentos aprendizado contínuo.

Que os medos venham á tona!
São eles os limites necessários para aprendermos a navegar bem nos processos dos movimentos vitais.

Moema Ameom, 18/11/2013

17 de novembro de 2013

ENERGIA DE CONTROLE


FOCO CENTRAL DE ESTUDO: Energia de Controle

 

Tópicos desenvolvidos:

Sensos Perceptivos e Sensitivos
Mecânica do Movimento e sua Coordenação
Princípio ativo: ação X reação

 

Ø  Sensos Perceptivos: desenvolvimento dos estados de consciência no Corpo Etéreo- CE.

·         Cenestesia  (neurologia) designa a sensação que o indivíduo tem da situação de sua existência, isto é, a consciência de suas funções orgânicas e de sua corporeidade.

·         Cinestesia (fisiologia) é a consciência através da qual percebemos a movimentação espacial de nosso corpo, nossos movimentos musculares.

·         Sinestesia (psicologia) é quando um perfume nos lembra determinada cor ou um som nos traz uma imagem qualquer, ou seja, quando um determinado estímulo nos remete à uma determinada memória ou sentimento.

Cenestesia é a consciência que temos do próprio corpo, é a representação consciente do próprio corpo, de sua posição, de seu movimento, de sua postura em relação ao mundo à sua volta e em relação às suas diversas partes e segmentos.  Quando existe uma percepção falsa dos órgãos internos ou do esquema corporal, falamos em Alucinações Cenestésicas.
Cinestesia já diz respeito à senso-percepção dos movimentos corporais e em relação ao ambiente à sua volta.


Alucinação =sensações

 As Alucinações Cenestésicas devem ser diferenciadas das Alucinações Cinestésicas, que não dizem respeito à sensação tátil, mas sim aos movimentos (cine=movimento). Nas cinestesias os pacientes percebem as paredes movendo-se ou eles próprios movendo-se no espaço.

Ø  Sensos Motores: desenvolvimento da consciência no Corpo Físico – CF.

o   O estado do movimento – “o que estou fazendo”

o   A descrição do movimento – “Pra que estou fazendo”

o   A causa do movimento – “Como estou fazendo”

 

Ø  Sensos nucleares : registrado no Corpo Ósseo (medula óssea) – CO.

·         Leis de Newton - são as leis que descrevem o comportamento de corpos em movimento, formuladas por Isaac Newton. Descrevem a relação entre forças agindo sobre um corpo e seu movimento causado pelas forças.

  • Ação X Reação (III Lei de Newton): ”Toda e qualquer  ação opõe sempre uma igual reação. Isto é, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais, apesar de opostas.

 

“Aquilo que puxa ou comprime outra coisa é puxado ou comprimido da mesma maneira por essa coisa. Se premir uma pedra com um dedo, o dedo é igualmente premido pela pedra. Se um cavalo puxar uma pedra por meio de uma corda. Se um corpo bater noutro e pela sua força lhe mudar a quantidade de movimento, sofrerá igual mudança na sua quantidade de movimento, em sentido oposto. As mudanças feitas por estas ações são iguais, não nas velocidades, mas nas quantidades de movimento dos corpos” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Terceira_Lei_de_Newton#Lei_da_A.C3.A7.C3.A3o_e_Rea.C3.A7.C3.A3o)

 

 

  • Energia de Controle = medo de errar por excesso de necessidade da aprovação alheia.

  • Energia de Controle = medo da (in)consciência, por desconhecer o caminho de acesso à ela.

  • Energia de Controle = medo da entrega aos processos caóticos do Sistema Humano.

 

Energia de Controle = desregulagem dos tônus (Hiper e Hipo) muscular e ligamentar responsável pelo desequilíbrio tonal do Sistema: seus 3  corpos geram incoerência em seus sensores causando “pane” energética = dores e doenças.

 

Aprender a equalizar os movimentos tonais torna-se imprescindível para uma boa convivência entre Corpo Ósseo, Físico e Etéreo.

 

Aprender a afinar os instrumentos para que a Dança Essencial ganhe Ressonância Harmônica com os Processos dos Movimentos Vitais.

 

Moema Ameom 

9 de novembro de 2013

 

 

 

12 de novembro de 2013

SOBRE BEBÊS E IDEIAS

Ideias, palavras, conceitos, deveriam ser como bebês; a.cor.dar a curiosidade para desvendar mistérios!
A cada pensamento, um bebê surge dentro da máquina denominada Corpo Físico, despertando a alma rumo ao caos do desconhecido; são processos autônomos que se reencontram a cada segundo com assuntos novos para partilhar.
Quando a brincadeira se manifesta em ideias ou ideais, forma conceitos tal qual o feto se cria dentro do útero materno. Ganha forma. Formata a palavra; ela começa a circular pelos aparelhos do Sistema aquecendo e esfriando as correntezas vitais, via Sistema Nervoso Periférico.
Surgem os medos, ou seja, os limites responsáveis pelos questionamentos. O que fazer? Por que? Pra que? Como?
Quando existe abertura para a partilha entre outros seres humanos ou não, eles são fermentos do espírito; conduzem às experiências e estas às realizações.
Se guardados dentro do instrumento, o som desta criança inquieta é travado; o calor predomina. Hiper-aquecimento global!

Ahhhh!...crianças brincando dentro de um pequeno apartamento são bons exemplos disso.
Atritos ( gritos, risos, cantos, lutas) conduzem à inflamações; ações inflamadas à discussões, polêmicas, brigas, guerra.

O mundo está repleto de crianças aprisionadas e está se transformando em um apt. de quarto e sala, onde pais medrosos tornam-se autoritários mesmo quando se disfarçam de brincalhões.

Por onde andam os questionamentos?
Só encontro preguntas com respostas imediatas dadas pelo Mr.Google.

Cadê aquelas  pesquisas que colocavam os Corpos em movimentos mentais, físicos e espirituais gerando ondas emocionais que motivavam o aprendizado nada permanente?

Alguém viu por aí alguma potência criativa solta, liberta, podendo cair no chão sem se machucar, rir até rolar, chorar sem dramas?

Como viver riscos pelas estradas da vida sem aprender a brincar com conceitos para desconceituá-los?

Como arriscar sem acreditar?
Como dar créditos ao destino sem debitar na conta da existência suas possibilidades pessoais?
Ah!...bebês nascem dentro de nós a cada segundo colocando-nos de cara pro gol. Porque não chutamos?

Será preciso equacionar ou intelectualizar reações para gerar ações?
Where are our football?

Receita para aprisionar ideias:
Ou as vomitamos na cara dos outros derrubando a todos com jatos de arrogância e prepotência ou escondemos nossa criança interior por medo de deixa-las rolar pela vida!

Um hip-hurra ao Superego!

Assim surge a Energia de Controle.

E olha que as crianças cairão...porque os movimentos vitais irão derrubá-las ou desintegrá-las por serem estes seus princípios.

É preciso deixar fluir....atentos para aprender a aprender com o fluxo.
Conclusões tiramos depois, com o único objetivo de construí-las para criar e recriar infinita...mente novas Danças Essenciais

29 de outubro de 2013

Meus Pés


Por Moema Ameom

Gosto de observar meus pés.

Neles estão escritas densas histórias da minha existência.

Lembro-me da época em que eram considerados “chatos”; “pé de povão” como dizia minha mãe; não tinham classe nenhuma.

Olhava para os pés do meu pai: idênticos aos meus. E como era elegante aquele mestiço filho de português com índio!

Por serem, além de “chatos”, caídos e tortos, receberam muitos corretivos; botas, ferros, massagens fedorentas e repugnantes com sebo de carneiro derretido no fogão em uma latinha fétida. Repugnantes e dolorosas lembranças. De bom ficaram as caminhadas na areia da praia de Copacabana, onde eu morava, levada pelas mãos fortes do caboclo que teimava em me fazer viver de forma diferente as deficiências dos meus pés. Mas sua técnica era considerada errada por minha mãe, o que começou desde então a me jogar na dúvida sobre o que deveria ser O Prazer.

O tempo levou-me ao Ballet Clássico, um desejo que assumi como sendo meu mas que certamente era familiar desde que minha avó viu a Anna Pavlova dançando. Eu seria sua substituta! Sem sombra de dúvidas! O veredicto daquela que deveria ser minha primeira professora, Madeleine Rosay, nos idos de 1967, fez minha mãe estremecer: ”Com estes pés e este físico (eu era muito magra e muito alta) ela jamais será bailarina!”

Envolvida por soluços e muitas lágrimas ouvi a voz materna: ”Você será o que quiser ser. Faça por onde corrigir estes pés e o seu físico.” A saga começou aos 7 anos de idade.

Torturei por demais meu corpo principalmente quando surgiram as sapatilhas de ponta e eu não conseguia nem de leve alcançá-las. Minha professora na época – Julia Queiroz – enfatizava o veredicto: ponta nem pensar!  Desista!....ao longe a voz repetia: Insista!

Mas eu dançava na praia, ao som das ondas do mar e me sentia feliz! Meu pai marcava ritmo com as mãos e dizia “dança mulata, dança!” Adorava dançar ciranda, jongo e samba ao ritmo do seu batuque manual! Às vezes cruzava com D. Nina Verchinina e seus cães e ela sempre gritava ao longe: ”Dança Isadora!” Eu não entendia porque trocava meu nome; mais tarde, quando fiz aulas com ela, soube que se tratava de uma referência à Isadora Duncan.

E lá fui eu...massacrando e brincando com meus pés. Conquistei as pontas sem muita segurança. Conquistei o Ballet Clássico sem grandes paixões. Conquistei um certo lugar no cenário carioca como bailarina. Tudo muito dolorido. Mas havia momentos de luz: bailes de carnaval, desfiles nas Escolas de Samba, Cirandas, Folias de Reis no Morro da Mangueira; Jongo na Serrinha, Danças Livres ao som dos ventos. Até entrar para a Escola de Danças Maria Olenewa (eu passei no exame!) e lá conhecer Lourdes Bastos e Klauss Vianna. Passei a entender que técnica e dança podiam ser aliadas e não inimigas. Dançar com os pés no chão e no palco era A Glória!

Assim meus pés começaram a trilhar caminhos distintos onde seus ligamentos claudicavam entre elevações e torções desconhecidas. Aprendi com Klauss a cuidar melhor de ambos, mas os massacres iniciais haviam feito grandes estragos ligamentares; muitas dores me acompanhavam sempre.

O tempo passando fez-me re.Conhecer trajetórias interessantes tanto na dança quanto na terapia; foram os pés que me levaram aos estudos terapêuticos.

Para torná-los mais harmônicos e ressonantes em seus males percorri estudos infindáveis buscando entender de alguma forma o que significavam seus movimentos e propostas.

Quando meus filhos nasceram e pude ver espelhado neles detalhes parecidos com os meus, passei a trilhar novas propostas de conhecimento. Como professora de Ballet Clássico tornei-me, primeiramente, professora de Dança onde passei a aplicar tudo o que colhi na trajetória de aluna; os SIM e os NÃO.

Com o fluxo da vida, acabei por assumir a postura de Educadora onde os estudos antropológicos, misturados aos terapêuticos, deram-me MOITAKUÁ onde a Dança Essencial ganhou espaço dentro da sua formação. Criei um método de ensino para uma Escola de Dança onde pretendi orientar sentidos a uma harmonização plena com as varias técnicas que moldam o Físico. Pura pretensão! Distúrbio do Ego!

Hoje cuido dos meus pés. Vejo-os com formas equilibradas passando-me mais segurança emocional; aprendo com eles a ver minha vida passar ... simples...mente!

27/10/2013

Na rede


Por Moema Ameom

Estava deitada na rede mergulhada em imensos vagalhões emocionais. Neles navegava  com certa tranqüilidade interior. Era um belo entardecer cuiabano. Em minhas preces pedia força para não fraquejar diante de mim mesma.


Buscava um porto seguro para entregar-me aos pensamentos, quando minha neta surgiu e jogou-se em meu colo. Abraçando-me fortemente questionou: ”Porque você esta triste, vovó?” Logo a seguir, sem espaço para a resposta, começou a falar comigo da mesma maneira como eu falava com ela quando era bebê, ali naquele mesmo lugar: ”Olha! As estrelas estão aparecendo! Vamos conversar com a D.Acácia para ela dançar pra você.” O vento começa a soprar; folhas e flores da bela Acácia dão início a harmoniosos movimentos. “ Viu só,vó! Elas estão conversando com você!” Enquanto fala me acaricia, dá muitos beijos dizendo “vai passar tudo”.


Se havia emoção revirada, agora havia emoção desaguada! As ondas de retorno conduziam-me a aprendizados colhidos juntas nestes quase quatro anos de convivência onde a distância física nunca nos impediu de ficarmos próximas.


De repente, ela sai da rede e começa a me balançar. “Lavínia, balança de vagar. Vovó não gosta da rede indo alto. Pode machucar você!” “Vó, precisa ser alto pra você ficar forte.” A palavra forte me desperta e eu vejo ali a mensageira do Universo a quem havia elevado meus pedidos. Apesar dos temores, entrego-me. Ela mostra com seus saltos e volteios que o receio focado nela era infundado. Meus medos infantis vão surgindo; medos adquiridos pela falta da vivência. Medos que não eram meus. Medos provenientes dos adultos que me rodeavam. O peito aperta, a angústia surge e eu quase grito: “Pára, Lavínia!” Ela ri, canta, dança e segue adiante! Imediatamente, algo explode em meu peito e eu começo a respirar diferente. Um forte jato de ar me revira por dentro, a vista turva, a pulsação acelera e ela então, com peraltice tranqüila vai parando a rede e salta para o meu colo. Muitos beijos e carinhos. “Pronto, vovó! Vamos brincar?”


Procuro levantar; não consigo. Vem o enjôo. Penso: minha bela terapeuta abriu um novo caminho no meu neurovegetativo. “Daqui apouco eu vou, querida!” Ela vai, eu fico. Os pensamentos tecem uma rede límpida de raciocínio sobre o acontecido e imediatamente insights da minha infância surgem descortinando-me os jogos familiares que distorceram meu caminho. Mais uma vez eles se aproximam de mim, mas, desta vez, novos movimentos vitais me acompanham.


À noite ao me preparar para dormir, meu doce anjo, começa a me cobrir com um lençol estampado. Diz: ”Fica bem quietinha, vó. Preciso cobrir você.” “Mas eu estou com calor, querida!” “É pra cuidar de você.” Depois que me cobre inteira, descobre meus pés e diz: ” Agora vou fazer massagem pra você dormir. Massagem no pé dá sono, né vó?” Mais uma vez os aprendizados se entrecruzam; todas as noites ela recebe massagens no corpo inteiro dos pais. Eu recebendo o que ensinei. Paraíso!


 No torpor do sono que chega paulatinamente, olho para o lençol e vejo-o totalmente vermelho sangue. Lembro-me que, à tarde, ao organizar o batizado do meu neto Luke que se aproxima, vi ser esta a cor do dia em que celebraremos a cerimônia. Pronto! Posso dormir.


Sonho com diversas situações de minha infância em que minha mãe e minha tia faziam-me de joguete para suas “birras” familiares. Ao acordar consigo enxergar o porquê dos vagalhões emocionais que me jogaram na rede; uma rede que não faz parte de meu caminho mas na qual fiquei me balançando por longos 63 anos, com medo de machucar quem me balançava.


Novo amanhecer. Sou abençoada com a visita de quatro papagaios que pousam diante de mim e de minha filha nos galhos da Amendoeira do fundo do quintal. Quatro. Sobrevoam nossas cabeças inebriando-nos com a beleza de seus vôos e gritos.


E assim o tempo FLUI!


27/10/2013

17 de outubro de 2013

JOGO DA VIDA


Por Moema Ameom

Os humanos construíram o Jogo de Interesses inspirados nos movimentos de partilha existentes no fluxo natural dos movimentos vitais. Esqueceram-se, porém, de aprenderem que este processo é regido por Kairós e não por Cronos; nele não há crono.logi(c)a.  

Ao colocarem os processos de partilha no anti-fluxo de seus organismos, instalaram redes de medo no Sistema Nervoso Periférico, alterando os tônus (hipo /hiper) viscerais que acaba por conduzi-los ao pânico. 

Muito se fala na “voz do coração”; este, totalmente envolvido nas teias da acomodação, está perdendo o som , o compasso e o seu tempo próprio (bio-ritmo); claudica, sem oxigênio suficiente, para um fim improdutivo.

Esta Dança, que nada tem de Essencial, conduza humanidade atual a nublar a visão, ensurdecer seus ouvidos; emudecer-se, caminhando a passos largos para o calabouço das idéias infrutíferas e improdutivas. 

Delas surgem, do mergulho na im.potência e in.satisfação pessoal (nem sempre conscientizada), a depressão orgânica ( nem sempre percebida). Sensores programados cronológica.mente, não mergulham no (in)consciente, onde a alma brinca com a psiquê completamente sem lógica.
Sempre haverá e há aqueles que, de posse do poder financeiro irá se colocar acima da maioria. Estes são aqueles que pensam( e se colocam de acordo com este pensamento) ser os “donos do jogo”; mantém em suas mãos “o poder” e este, por ser ficha importante no jogo criado, precipita-se sobre as mentes humanas com o único intuito de disponibilizá-las para continuar a jogar para ganhar. Perder jamais.

De longe, a Sol, estrela maior do nosso Sistema, sorri...gargalha...brinca...samba...coreografa sua Dança Essencial e vai, com seu tempo sistêmico, mudando as fichas de posição ao emanar potência justa para quem sabe utilizá-la.

Aos im.potentes, o poder, o medo de errar, de arriscar,de viver; o distanciamento do Fluxo Vital.
Infeliz...mente são a grande maioria, manipuladores do controle onde ação X reação não metaboliza a vitalização; prioriza o estresse (atrito desregulado) que sufoca.
Valores pessoais não são interessantes; são marginalizados em nome dos valores daquele(s) que “comanda(m) o barco”. De nada adianta sinalizar a alma, o espírito ou a arte como sendo importantes no Jogo. Sempre vence quem possui o poder, as cordas das marionetes.

Vence? Pra quem? Pra que? Com que objetivo? Em Cronos ( Matrix) até pode ser que vença...em Kairós jamais.

MOvimentar o ato de caminhar usando ITAS para pisar percebendo as KUÁS que conduzem o fluxo, constrói harmonia no inexistente ato de viver.

É preciso fortalecer este conceito, esta idéia para que o Amor , visto como sendo energia vital impulsora da medula óssea, venha a prevalecer neste Jogo dando novas regras e novos interesses para quem quiser construir um mundo de Paz.

Caso contrário a psico(a)patia dominará  o Planeta se transformando-o no manicômio do qual a maioria foge por medo das reações violentas nele contidas.

Gaia transformará! Ela jamais desiste! Até parece brasileira. Será? Dizem que Deus o é! Eu sou. Grito alto minha rica qualidade étnica! Embebedo-me constantemente com as energias de Bhrama( não a cerveja) onde o nada preenche o vazio fazendo-me humana e eterna criança.

15/10/2013





12 de outubro de 2013

DIA DA CRIANÇA! -dia de viver e reviver os medos!


Por Moema Ameom

Como em um carrossel, vamos girar a ampulheta para brincar de Guerra Santa. Foi nesta época, provavelmente, que os medos maiores começaram a se instalar nos Sistemas Humanos, isto para não citar a descoberta do fogo, quando pauzinhos e pedrinhas eram atritadas produzindo labaredas; sem falar do advento da roda! Vamos, por momentos, determo-nos nas tais guerras que tinham como objetivo maior trazer a Paz ao instalar e instaurar verdades absolutas em nome de um só Deus!

Qualquer movimento de reação era conceituado como sendo ações diabólicas provenientes de um ser subterrâneo; chorar, gritar, esbravejar, reivindicar direitos, enfim, toda e qualquer forma de reação colocada pra fora do corpo era vista como sendo obra do diabo. Até bocejar era pecado. Amar era pecado; procriar não.

Caminhando pela estrada da incoerência disseminada nesta “época abençoada”, vamos desaguar na 2ª.Guerra Mundial, passando pela descoberta da Psicologia por Freud ( 1856 / 1939 ). O mestre da insanidade! Imagine o que foi descobrir, dentro de uma sociedade apavorada com suas próprias reações, que existia um cérebro capaz de ser controlado por palavras que, uma vez estudadas, tinham o poder de orientar atitudes! E não vamos aqui nos estender dissertando sobre a lobotomia (ou locotomia) descoberta por António Egas Moniz em 1935 que recebeu o Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1949; o sucesso levou a técnica a ser utilizada em crianças que demonstravam “mal comportamento”.

Quantas mulheres foram lobotomizadas pelo simples fato de sentirem um orgasmo mais profundo capaz de levá-las ao delírio do prazer! Prostitutas até podiam vivenciar tal fato desde que não atrapalhassem seus homens com sandices sensoriais! Tudo por uma razão ajustada no controle sócio-educacional!

E crianças nasciam dessas mulheres.

E homens existiam dentre a estas crianças.

Assim a sociedade foi sendo construída no medo das reações orgânicas. Sentidos, Cognição, Sentimentos continuaram sendo ações pecaminosas. Perceber, intuir, imaginar, talvez fosse coisas permitidas aos artistas, mas estes viviam à margem da sociedade.

Muito pouco adiantou Sócrates, nascido em 470 DC ter dito que “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância”; ou Nietzsche (1844/1900) salientar que “ Não somos como aqueles que chegam a formar pensamentos senão no meio dos livros- o nosso hábito é pensar ao ar livre, andando, saltando, escalando, dançando(...)”. Seguimos dando maior ênfase ao controle das emoções e reações orgânicas. 

Deixar sair das vísceras os gazes incomodativos que tanto malefício lhes causa era pecado. Feio. Sujo. Falta de educação. Não fale; não sinta; não emita opiniões!
Sim. A educação estava pautada nos processos de repressão. Estava?

Durante a 2ª.Guerra Mundial, alemães e americanos dominaram o campo da ciência com descobertas inovadoras e assustadoras. Cobaias humanas (como sempre) foram utilizadas com mais refinamento. Afinal de contas, mentes apavoradas, com redes de medo reprimidas, são capazes de gerar sádicos processos de vida. Colocar os medos para fora é questão imprescindível para a sobrevivência. E assim adentramos na “nova” (?) Era, onde os medos ganharam o suporte da ciência para serem melhor controlados. Desde então a humanidade a.credita, dá créditos a si mesmo como estando em um processo de evolução. SIM. 

Técnica.mente não podemos dizer que seja mentira.

Hoje somos capazes de fazer máquinas se moverem com o simples ato de pensar. Descobriu-se que emitimos ondas sonoras; que somos aparelhos eletros-estáticos e magnéticos. Quem tem acesso a estas informações? Como são utilizadas? Isto não interessa. Não há tempo para se perder com tantas bobagens. Os seres humanos permanecem em seus papéis de cobaias. Ou seja, quanto menor for a conscientização dos fatos, melhor.

Qual a diferença entre as cobaias de ontem (as dos campos de concentração, por exemplo) e as de hoje? Talvez seja a rede da ilusão que, através do avanço tecnológico dá ao Homem a sensação de poder que ele tanto precisa para se sentir existente. EU POSSO...é muito importante crer nesta máxima. E os marqueteiros sabem  disso.

Quando vejo anúncios disseminando a importância dos aparelhos em detrimento da afetividade familiar – já deram atenção devida ao anúncio onde um Pai assina um programa de TV para resgatar filhos e mulher que fugiram de casa? - ; quando vejo jovens levando soco na cara dado por um “Line”porque estão falando de suas emoções e logo depois aprendem que para não levar os socos precisam “falar menos e digitar mais”; quando modelo mundialmente famosa se coloca como uma pessoa estúpida dizendo que não sabia que cabelos envelheciam; quando percebo valores humanos sendo comparados à compra um belo carro; quando imagem de vida saudável é comer margarina que faz sorrir todo o tempo ou programa que dá receitas para manter a boa saúde incompatíveis com a renda per capita do nosso povo, deduzo que realmente continuamos na posição de cobaias de uma sociedade consumista. Até os tanques e armas já estão nas ruas como sempre estiveram.

Pessoas gritam e esperneiam por aumento de salários quando, se quisessem crescer realmente, teriam que lutar por diminuição do custo de vida. Mas, mentes obliteradas, estas que aprenderam a escamotear sentimentos e a construir suas razões e lógicas no MEDO, só podem mesmo caminhar por esta trilha antiga que nada construiu até aqui e que certamente continuará a não construir. O poder está nas mãos externas e não nas que cada um usa para estruturar sua individualidade. A união que faz a força não é aquela que faz fanfarra. Formigas não alardeiam seus movimentos. Apenas executam cada uma com sua real potência, suas ações do cotidiano. Aprender com formigas? JAMAIS! Não dá status. Não entra na mídia.

Tenho esperança no crescimento verdadeiro, mas sei que, com a evolução da ciência, com a descoberta de uma Inteligência Emocional, com o advento da Neurolingüística, a maioria dos Homens tornou-se poderosa demais instalando-se nos pedestais de sua verdades absolutas.O senso de humanidade está acabando.
O que restará? Robôs de laboratório? Já vejo milhares à minha volta sendo manipulados por seus próprios Egos inflados atrelados em outros mais inflados ainda. A Grande Matrix!

O Id (nossa criança-mestre interior), existente na medula óssea, sinaliza para o Sistema Humano a constante renovação molecular, esta não é percebida e quando o é gera foco externo por precisar de A.Tensão (regulagem do Hipo e Hiper tônus). Busca contato com o que é aceito no cômputo geral da sociedade em que vive. Tem medo dos bullings que sofrerá se não entrar na “onda”. A criatividade é morta pela tela do computador onde tudo se copia e nada se transforma sob pena de não ser aceito.

Este é um o movimento permanente; o círculo vicioso em que vive a humanidade há milênios.

A Guerra Santa ainda esta aqui. O separativismo perdura alimentando o MEDO da totalidade.  Os olhares não ganham reVisão; continuam a ver pequeno dentro de quadrados onde a luz não entra. 

Estamos nas trevas com medo do diabo!

O que há de ser de nossas crianças?

12 de Outubro de 2013



23 de setembro de 2013

É PRIMAVERA!

Por Moema Ameom



Quando o Dr.Stéphano Sabetti finalizou o prefácio do meu livro com a frase “ Que a verdade venha à tona”, eu nem de longe podia imaginar o que ela significava, apesar de, na época (1999) ter me imbuído da certeza de que sabia.

Este desconhecimento interno, unido à imensa curiosidade e criatividade que é peculiar ao meu Ser, moveu-me na direção do saber primitivo encolhido, amordaçado e aprisionado nas profundezas da minha medula espinal. Meu Soma guardava um tesouro precioso – uma Jóia Rara (para atualizar-me na novela da TV), onde a Psiquê dançava aguardando a libertação.

 Ali, naquela Dança Essencial, eu sabia que estavam as minhas verdades.

Alcançá-las tornou-se missão primordial; passei algumas prima.veras em busca daquela que seria o núcleo da questão; a primeira verdade, existente in.mim qual semente virgem para ser cultivada, adubada e germinada; de onde deveria ter extraído minha ações e reações naturais. Flores de um jardim cujos frutos alimentariam minha consciência.

Assim não foi, portanto, restou-me o trabalho de replantio.

Aprendi com alguns camponeses que cruzaram meu caminho a cuidar da Terra, a respeitá-la e a celebrar cada ciclo vital que Ela nos dá para viver. Ainda relembrando meu livro, uma parte dele causou polêmicas familiares intensas quando escrevi que aprendi a ser mãe com a mangueira do fundo de meu quintal. Mas era e é verdade! Fui entendendo que esses sentimentos vitais quando comunicados, causavam discussões, agressões, desalinhos e desavença em minhas ondas emocionais; eu colapsava. Enfraquecia-me distanciando-me do Corpo Ósseo onde existia a pérola (energia vital). A casca da ostra endurecida teimava em não amolecer.


Quando criei Moitakuá o fiz para tratar de mim mesma. Precisava ordenar idéias e conceitos sobre o que sentia; construí teorias para me auxiliar. Ganhei do OM seres humanos atraídos pelos movimentos emanados; fui semeando em seus corpos o que colhia deles depois de transformar-me com o que assimilava.

Hoje estou percorrendo a 13ª.Primavera desde o início desta trajetória onde a busca do meu interior fez-me percorrer múltiplos conhecimentos e reconhecimentos fisiológicos, psicológicos, teológicos, filosóficos, fisiátricos, quânticos e, principalmente, artísticos.

Descobri que não daria para encontrar a verdade primordial enquanto acolhesse no Soma os medos de vivências antigas. Re.cor.dar... Jamais seria capaz de colorir o presente com os fluxos do prazer enquanto não reconhecesse o que foi colhido no passado e como o apliquei no meu caminho. Permiti um olhar intenso para o que foi vivido entregando-me totalmente aos sentimentos que surgiam a cada visão. Assim fazendo fui amadurecendo sentimentos, saindo da fuga construída no Corpo Etéreo e  aproximando-me do Corpo Físico, meu Soma.

Faltava deixar dançar em minha matéria, a Essência, a Energia Vital, a Psiquê!

Nesta PRIMAVERA, diante do fogo da celebração, encontrei a chave!
Entendi o que tanto enfraquecia meu amor próprio, minha auto-estima: o medo da intuição!

“Em psicologia, intuição é um processo pelo qual os humanos passam, às vezes e involuntariamente, para chegar a uma conclusão sobre algo. Na intuição, o raciocínio que se usa para chegar a conclusão é puramente inconsciente, fato que faz muitos acreditarem que a intuição é um processo paranormal ou divino. Seu funcionamento e até mesmo sua existência são um enigma para a ciência. Apesar de já existirem muitas teorias sobre o assunto, nenhuma é dada ainda como definitiva. A intuição leva o sujeito a acreditar com determinação que algo poderá acontecer.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Intui%C3%A7%C3%A3o

Se tivesse tido espaço para aprender desde sempre o quão artista eu era, certamente teria amadurecido minha intuição, mas, quando a arte é dada de fora para dentro, ela aumenta o medo da intuição por não abrir espaço para a experimentação da mesma através da cognição.

Frases como: “Você é uma artista que não sabe dar valor à arte que tem.” “ Você tem talento mas não tem vocação.” “Se tivesse insistido no talento teria vencido e hoje seria alguém com muito dinheiro e sucesso” desidrataram minha intuição que, seca, pouco pode adubar a consciência. Por sorte a pérola não parou de sacudir e chacoalhar a ostra, jogando-a em diversos níveis de inconsciência, para conduzir-me à sua extração.

Em meio ao mar cognitivo de emoções intensas, a intuição surgiu diante de mim destonificando as cadeias musculares, desunindo os lados encefálicos, desarmonizado os ossos do esqueleto, rompendo ligamentos, desestruturando as vértebras, ampliando os ossos do crânio maximizando os movimentos vitais celulares e moleculares, libertando a (in) consciência.

Ainda bem que criei Moitakuá! Querido companheiro de agruras, dores e doenças!

É interessante, mas um dos belos aprendizados que ele me deu foi que as dores das doenças muito se assemelham as da cura. Quando não conseguimos descobrir as diferenças, acabamos por tornar as doenças reincidentes, repetitivas e ampliadas com o passar do tempo. O continuum do fluxo transforma-se em cassetes de energia hiper-aquecendo a energia vital. O Câncer é um das doenças que melhor nos ensina sobre este assunto. 

Aprender com a doença é algo difícil na grande maioria das vezes, mas esta dificuldade só existe porque ela nos afasta da intuição, devido ao estresse emocional. Quando exercitamos o Sistema Nervoso Periférico dando-lhe capacidade de se livrar do excesso de hiper ou hipo tônus, Ela – a intuição- nos leva à cura. Caminho tão doloroso quanto o outro, mas capaz de conduzir o Sistema Nervoso Central ao Fluxo Vital de onde a vivência intuitiva e seu real valor ressurgem do campo da inconsciência. As chamas da transformação conduzem às cinzas do renascimento.

Alcancei minha linha de raciocínio onde razão e lógica, de braços dados com as sensibilidades gestam minha inteligência emocional.

Tenho talento e vocação para ser eu mesma! Quem diria!

Olho para trás sem medo de mergulhar nos sentimentos que as lembranças me trazem; eles não mais adubam meu presente porque sei que a grande maioria não me pertence. Fazem parte de aprendizados apreendidos e absorvidos sem a presença da minha intuição.

Acolhi e aceitei tudo que me foi doado por saber que fui e sou responsável pela plantação de meus atos, ações e reações em territórios alheios. Ninguém plantou por mim.

Bato macumba para celebrar os elementais terra, fogo, água, ar. Como brasileira miscigenada, celebro minha etnia e a capacidade que ela me deu de aprender a aprender.



Que a verdade sempre venha à tona!

Celebro A MORTE para fazer girar a roda DA VIDA!

Que Thanatus dance comigo ao som das Rock on roll!
 


6 de setembro de 2013

EU

Por Moema Ameom em 06/09/2013 homenagem póstuma à minha avó Céo da Câmara e sua loucura artística – herança bendita!





Cortar a Juba do Leão, levar Capricórnio pra pastar nas águas profundas de Escorpião, não é tarefa das mais fáceis. É como jogar o anel de Sauron no magma do vulcão e voltar para casa com olhos de ver: é ser Luke Skywalker amando Darth Vader; desligar-se da Matrix fortalecendo o saber; encontrar as maravilhas de Alice sem seguir o coelho; caminhar sobre o mar vermelho de meu sangue...nadar  no ar e ser pó.

Quando digo: “O Universo conspirou a meu favor”, o que quero dizer? Acredito que, na maioria das vezes, seja: “Fiz o que quis fazer” e, de preferência como o desejei. Deparo-me com o fato de que diante Dele – O Universo – sou poeira cósmica, portanto, seja lá o que me aconteça será conspiração a favor, porque Ele não caminha para ontem. Ele constrói o amanhã; o dia seguinte. O fluxo do continuum. Nada contra. Nada para punir, castigar, amaldiçoar. Tudo a favor mesmo quando o Ego, que no meu caso brinca e briga entre com meus sonhos, se digladia com as forças ocultas da minha essência vital.

Sendo assim, coitado do Capricórnio que deverá aprender a se alimentar de água. Nada de capim para ruminar. Acabou a ruminação. Não dá nem mesmo o que mastigar porque água foi feita para engolir e lubrificar a matéria. São muitos os desencontros destes movimentos: onde nada existe, tudo brota e onde tudo busco nada encontro. Não há dependências in.mim quando enxergo que nada nem ninguém depende de mim. Não há mais compartimentos onde guardar programas, partituras, alimentos para o futuro. Não tem como depender de quem orientei a não depender. E o Om ressoa em meus ouvidos, produzindo o vácuo do silêncio.
Devo acreditar que conquistei a tão esperada (in)evolução?

É isso que eu desejava tanto? Movimento pelo qual desbravei matas, surfei ondas caudalosas, escalei montanhas, caminhei em áridos territórios e naveguei em fantasias extraterrestres?

Não será esta conquista um grande sinal de loucura? O que me diferencia daquele que está internado como doente mental? Alguns diriam: a consciência.

Muito se fala sobre esta coisa denominada consciência. EU, inclusive, criei um método e o intitulei MOITAKUÁ - Movimento Consciente. O que sei eu sobre isso? NADA.

Tornei-me profissional do NADA.

Vagueio pelos horizontes do cotidiano observando a Low.Cura dos segundos que me conduzem ao passo seguinte e me pergunto: pra que planos? Qual a função do planejamento? Será isto ter consciência? Saber o que faço, pra que e porque executo? Ou será que ao planejar eu penso sobre minhas ações e consigo ver-me nas reações internas que este pensamento me causa? Será que ter consciência significa ser capaz de me observar diante de mim mesma? Pra que serve isso?

De acordo com o contrato firmado diante do momento vivenciado irá servir para alguma coisa que eu utilizarei para realizar algo. Será que este “algo” ou “alguma coisa” está me satisfazendo de verdade? Está produzindo prazer na minha matéria? Por que tem que me dar prazer? O desprazeroso, sendo conspiração universal, também pode me conduzir ao prazer? Se fluxo é prazer...o que fazer para descobrir?

Categórica...mente...NÃO SEI.

Não aprendi a reconhecer este jogo nas minhas vísceras. Não brinquei com suas normas e regras. Sinto muito mas não sei jogar.

Então, conscientemente, estou procurando entender como faço para reconhecer, na fração do segundo o “algo” que me satisfaz, mesmo porque, caso contrário, como irei construir motivações verdadeiras para minha alma? Sendo Ela a força Motriz da minha Matrix, como gerar impulso sem nem ao menos saber o que me move? Se não sei o que....como saberei pra que? Por que?

Esta confusão fica até engraçada ao ser escrita mas, quando atinge as raias dos sentidos, joga-me no fogaréu leonino do meu ser e escurece minha visão. Vou às cegas em busca de apoio. Vou às cegas em busca de mãos que possam ser estendidas para mim. Nestes momentos, gostaria muito que tivesse a minha volta muitas pessoas dependentes de mim onde eu pudesse me agarrar.

Atenção criatura!

Não é nem nunca foi este o seu desejo. Não foi isto que pediu para o Universo. EU abri mão de tantas âncoras, saí de tantos portos seguros, abri múltiplas gaiolas, pra que? Para que agora queira ter onde me agarrar?

As pernas fraquejam. Os pés claudicam. Quero caminhar e não encontro firmeza.

Caminhe sob suas águas, guria!

Corte a juba do Leão e aqueça-se no fogo da Sol! Não a olhe dentro de você. Você não É Ela.

Sim. Sou sua filha. Sou Xintz, a fagulha curiosa que se materializou.
Uma fagulha feita de pó. Ou será o contrário? Será que pó forma fagulha?

O que ensino? O que não sei.
Como curo? Curando-me.
Como ajudo? Auxiliando-me.
Egoista...diz a massa!

Só penso em mim.
Mas...se mesmo assim ainda não sei o que fazer comigo, como fazer para não ser EGOista?
Matei meus Egos passo a passo, a cada tesourada que dava na juba do meu Leão, a cada empurrada que dava na minha Cabra montanha abaixo.

Hoje ao olhar para todas as mortes percorridas, revejo personagens, histórias, estradas, caminhos, coreografias, melodias, catalogando-as nas emoções que moldaram meus ossos.

Agarro-me à fé medular e deixo farfalhar as asas da libélula! Estou no casulo e nem mesmo sei se quero sair dele para voar.



É melhor rastejar como Escorpião dando um VIVA aos movimentos vitais!

Os desenhos/pinturas aqui apresentados fazem parte da Exposição Caveranation dos artistas plásticos Victor Rocha e Kadu