Moema Ameom
Em
meio à euforia de
comunicação virtual que envolve os humanos nos últimos tempos, parece-me surgir
de maneira mais intensa o sentimento da solidão.
Os
processos de troca perderam o senso do envolvimento e amadurecimento individual
(amor próprio) ampliando cada vez mais o atrito (estresse) que impede a
verdadeira partilha.
O
"copiar"/"colar" torna-se comum e o olhar interno voltado
aos valores pessoais, são ofuscados por um "compartilhar" cujo
único sentido é expor a concordância com o olhar alheio.
Estes
movimentos vêm atingindo uma velocidade cada vez mais intensa inibindo e ou
alterando o tempo que estrutura as idéias.
O
fluxo dos pensamentos escapa em um "click" que, na fração do segundo,
dissipa-se nas redes nervosas dos aparelhos de comunicação eletrônica.
O
descompasso e a desarmonia fazem-se presentes através do fato de que o
organismo humano ainda não se encontra adequado e adaptado a estes mecanismos que
avançam, atropelando o bioritmo.
As
mentes desequilibradas tendem a produzir tensões excessivas tornando as
do(r)enças fatores de desajustes
somáticos acima de qualquer bactéria ou vírus. O Corpo Humano fragiliza-se
devido à falha na sintonia entre processos emocionais e ondas tonais
(hiper/hipo tônus); em decorrência destes fatores as mentes mediocrizam-se. A
real potência do Sistema Humano se desvirtua dando às ações/reações (princípio
vital) movimentos descompassados.
O
círculo vicioso que se apresenta é curioso e interessante: avanço do
conhecimento X mentes incapazes de captar este avanço.
Consequência lógica: menos qualidade de movimento = menos capacidade de locomoção = menos
senso de realização = depressão que amplia a menor qualidade de movimento.
O
organismo impulsiona para a saída deste circulo
por não ser seu processo natural, mas, o esforço nesta direção acaba por
gerar movimentos de euforia.
Depressão
X Euforia = outro círculo vicioso que dá a sensação de evolução por atritar
ainda mais as redes dos Sistemas Nervosos Central e Periférico devido ao
movimento linear que apresenta.
OU
depressão OU euforia.
Sendo
o Sistema um só organismo celular, esta dança entre abrir muito ou fechar muito
acarreta uma estafa, fadiga, cansaço que se manifesta no desinteresse pela vida
e seus pertences.
DesAnima...torna
a anima estressada. Surge o sentimento de solidão.
O
ser só – deixa de ser um fato natural
e simples para se transformar em estado de solidão onde as moléculas orgânicas,
pela incapacidade de se auto nutrirem ( abrir e fechar harmonicamente) buscam
incessantemente alguém que o faça por elas; dependência.
Acredito
que, se repassarmos in.nós as idéias aqui apresentadas, seremos capazes de
descobrir os links que direcionam os
seres humanos para uma rede energética onde o “cuidar da solidão” passa por um
início fácil de ser conectado: o aprendizado voltado para um olhar mais intenso
na direção da potência de realização pessoal.
Para
começar... vamos res.pirar sem medo de sentir o medo de enlouquecer.
Vamos
deixar o ar sair –ex.pirar- aprendendo a perder para que o medo de ganhar se
dissipe.
Vamos
acreditAR no fluxo do prazer como sendo algo existente na medula óssea.
Vamos
apostar nos exercícios diários como fontes de algo maior do que a beleza
estética.
Os
movimentos vitais sempre nos levarão à união Sistêmica onde o poder de
agrupamento molecular jamais nos deixará sozinhos. É só aprender a aprender o
que vem a ser convivência sem dependência.
Moitakuá
ensina. E ele mora em você. Basta querer conhecer e reconhecer o caminho.