24 de janeiro de 2015

SOLIDÃO



 Moema Ameom 


Em meio à euforia  de comunicação virtual que envolve os humanos nos últimos tempos, parece-me surgir de maneira mais intensa o sentimento da solidão.

Os processos de troca perderam o senso do envolvimento e amadurecimento individual (amor próprio) ampliando cada vez mais o atrito (estresse) que impede a verdadeira partilha.

O "copiar"/"colar" torna-se comum e o olhar interno voltado aos valores pessoais, são ofuscados por um "compartilhar"  cujo único sentido é expor a concordância com o olhar alheio.

Estes movimentos vêm atingindo uma velocidade cada vez mais intensa inibindo e ou alterando o tempo que estrutura as idéias.

O fluxo dos pensamentos escapa em um "click" que, na fração do segundo, dissipa-se nas redes nervosas dos aparelhos de comunicação eletrônica.

O descompasso e a desarmonia fazem-se presentes através do fato de que o organismo humano ainda não se encontra adequado e adaptado a estes mecanismos que avançam, atropelando o bioritmo.

As mentes desequilibradas tendem a produzir tensões excessivas tornando as do(r)enças fatores de  desajustes somáticos acima de qualquer bactéria ou vírus. O Corpo Humano fragiliza-se devido à falha na sintonia entre processos emocionais e ondas tonais (hiper/hipo tônus); em decorrência destes fatores as mentes mediocrizam-se. A real potência do Sistema Humano se desvirtua dando às ações/reações (princípio vital) movimentos descompassados.

O círculo vicioso que se apresenta é curioso e interessante: avanço do conhecimento X mentes incapazes de captar este avanço.

Consequência lógica: menos qualidade de movimento = menos capacidade de locomoção = menos senso de realização = depressão que amplia a menor qualidade de movimento.

O organismo impulsiona para a saída deste circulo  por não ser seu processo natural, mas, o esforço nesta direção acaba por gerar movimentos de euforia.

Depressão X Euforia = outro círculo vicioso que dá a sensação de evolução por atritar ainda mais as redes dos Sistemas Nervosos Central e Periférico devido ao movimento linear que apresenta.

OU depressão OU euforia.

Sendo o Sistema um só organismo celular, esta dança entre abrir muito ou fechar muito acarreta uma estafa, fadiga, cansaço que se manifesta no desinteresse pela vida e seus pertences.

DesAnima...torna a anima estressada. Surge o sentimento de solidão.

O ser só – deixa de ser um fato natural e simples para se transformar em estado de solidão onde as moléculas orgânicas, pela incapacidade de se auto nutrirem ( abrir e fechar harmonicamente) buscam incessantemente alguém que o faça por elas; dependência.

Acredito que, se repassarmos in.nós as idéias aqui apresentadas, seremos capazes de descobrir os links que direcionam os seres humanos para uma rede energética onde o “cuidar da solidão” passa por um início fácil de ser conectado: o aprendizado voltado para um olhar mais intenso na direção da potência de realização pessoal.

Para começar... vamos res.pirar sem medo de sentir o medo de enlouquecer.
Vamos deixar o ar sair –ex.pirar- aprendendo a perder para que o medo de ganhar se dissipe.
Vamos acreditAR no fluxo do prazer como sendo algo existente na medula óssea.
Vamos apostar nos exercícios diários como fontes de algo maior do que a beleza estética.

Os movimentos vitais sempre nos levarão à união Sistêmica onde o poder de agrupamento molecular jamais nos deixará sozinhos. É só aprender a aprender o que vem a ser convivência sem dependência.

Moitakuá ensina. E ele mora em você. Basta querer conhecer e reconhecer o caminho.

4 de janeiro de 2015

TEMPO

As mentes humanas vêm há séculos sendo programadas para a minimização de sua potências induzindo-as ao campo da energia de controle. 


O fluxo educacional social vem fazendo com que a regulagem do tempo propicie o esfacelamento da evolução sistêmica, conduzindo os humanos à processos mecanicista que encobrem a real capacidade da lógica fazendo com que a razão enquadre-se nos dogmas de movimentos multifacetados, onde a totalidade toma forma de monstros inalcançáveis.

Sendo estes monstros a própria potência produzida no/pelo encéfalo e, consequentemente, a matriz medular do Sistema Nervoso Central, o medo instala-se na sede do Sistema Humano, conduzindo a redes nervosas à produção de doenças cujo objetivo é deteriorar a capacidade de realização. Circuito fechado que não evolui. Queima e desperdício de energia vital.

O tempo mal utilizado passa a produzir efeitos de retardamento na mecânica do Sistema, minimizando o funcionamento das engrenagens (articulações) da matéria orgânica.

Consequências:
(-) qualidade de movimento = (-) capacidade de locomoção = (-) senso de realização = depressão.

Resultado: movimentos opostos que não se encontram nem se complementam que são: euforia e violência.

Voltando ao início, vem os questionamentos:
De onde vem (-) qualidade de movimento?
O que é qualidade?
Como aplicá-la?
O que a constrói?

ESTÁ ABERTO O DEBATE.
QUEM SE HABILITA?