24 de maio de 2015

NOSSO LIVRO


Durante os 18 anos em que venho desenvolvendo a metodologia de Moitakuá ( 3 anos como Processos do Movimento Vital), muitas vezes ouvi que eu deveria fazer registros dos ganhos e curas que o trabalho trazia às pessoas que me procuravam.
Concordo que deveria ter feito isto sim,mas...não fiz. 

Atualmente venho acolhendo em mim o desejo de vir a escrever um livro sobre a metodologia. Não sei quando terei condições de me recolher para realizar tal intento, mas, sei que, sendo sobre movimento consciente, quero muito dar início  a este projeto colhendo depoimentos dos que reconhecem a metodologia como parte integrante de algo importante em sua jornada.

Coloco aqui pequenos tópicos orientadores para que o desenvolvimento da escrita possa preencher espaços interessantes em minha futura reflexão e explanação metodológica quando da escrita do livro.

Quero escreve-lo em companhia da tribo moitakuense!

  • seu nome e idade.
  • onde mora (cidade, estado, país)
  • quando e onde conheceu Moitakuá
  • o que o(a) levou a procurá-lo
  • como foi, para você, aplicar os ensinamentos recebidos
  • o que alcançou
  • como aplicou e aplica o conquistado 
ABRO ESPAÇO CULTIVANDO A ESPERANÇA DO RETORNO.





15 de maio de 2015

DEVANEIOS

Por Moema Ameom

O Ônibus pára.
A voz do motorista ressoa imperioso:"15 minutos."
O corpo acomodado durante horas na poltrona confortável reluta; os pensamentos despertam primeiro. Questiona à alma: "Como sará lá fora?"
Os minutos escorrem. Aos poucos os pensamentos começam a sacudir as articulações, as cadeias musculares, as camadas epiteliais, até que...o corpo físico se move.
Levanta. Desperta. Acorda.
Vamos descobrir novas emoções, alimentar o espírito.
Mais uma vez o motorista: "Passageiros com destino a..." ...lá se foram os 15 min.
Ficou pra trás a oportunidade da re.nova.(a)ção. a ânsia de movimentar-se é recolhida; engolida. Dor no estômago, na garganta, na cabeça, na medula óssea.
Os pensamentos perdem o rumo; ficam sem sentido. Os sentidos não foram estimulados pela cria(a)tividade. falha o ato da cria(a)ção.
Vem a mim a bela frase de Fernando Pessoa: "Põe quanto és no mínimo que fazes".
Levantar da poltrona, sair do ônibus, agir em comunhão com o desejo, seria o mínimo a fazer por mim.
E EU fiz!
Penalizada pelos muitos que não fizeram.
Eu fiz, eu faço. Eu me plico para sempre estar atenta ao momento das propostas da vida. Quanto mais desfiadoras melhor!

Nem sempre foi assim.
Durante anos o físico não sabia dialogar com o espírito. A comunicação entre cérebro e coração era dissonante.
As oportunidades de ser feliz com minha inteireza foram passando.
Hoje confesso que me penalizo com o tempo perdido, mas me acolho de braços abertos dando-me as boas vindas.
Mesmo que a chance seja de um segundo, eu vou.
Ficou no passado aquela que ia sem saber pra onde, pra que e como. 
Calorosos abraços me recompensam