9 de agosto de 2015

Exercícios de Moitakuá

Atendendo ao pedido da ReNata Batista, moitakuense de raiz, venho aqui desenvolver algumas orientações de exercícios de Moitakuá registrando novas descobertas sobre regulagem tonal. 

É sempre bom lembrar que a regulagem tonal é muito importante para o fortalecimento dos processos moleculares (celulares) de contração/expansão (ação/reação) responsáveis pela defesa imunológica do organismo. Regular o hipo e hiper tônus dá ao Sistema condição de melhor ajustar a partilha entre SNC e SNP permitindo ao fluxo da energia vital maior e melhor locomoção no CF, ampliando a potência do PQ e do Ego. Esta fluidez é a responsável pelos movimentos da cura psicobiofísica in.nós.

Venho ultimamente desenvolvendo com maior intensidade o processo respiratório dentro da metodologia dando a ele um lugar especial de observação. Devido a isso, antes de iniciar qualquer exercício é fundamental dar atenção aos seguintes movimentos:

1- o que acontece quando o ar sai pela boca produzindo a expiração? Para que a pesquisa ganhe amplitude, experimente expirar com os lábios contraídos (como se enchesse uma bola de aniversário) e descontraídos. O que sente acontecer nas vísceras quando coloca o ar para fora? Como fica a língua dentro da boca?
Depois de colher dados com estas observações direcionadas, cuide para manter, ao expirar, a contração orgânica que surge como conseqüência da saída do ar, o maior tempo que puder antes de permitir que ela se transforme em expansão devido à entrada do ar. NÃO inspire...Não puxe o ar de fora...simplesmente deixe que a expiração se transforme em inspiração. Naturalmente. 

2- Descanse entre uma expiração e outra para não sobrecarregar o organismo. Aos poucos o espaço entre uma expiração e outra vai diminuindo até tornar-se contínuo.

3- Não permita que a face se contraia durante a expiração. Principalmente as sobrancelhas. 

Estes processos de observação podem ser feitos deitado, sentado ou em pé, porem, para melhor absorção da conscientização dos movimentos, é aconselhável que não deixe de ser feito deitado e de estomago vazio. Por isso, o melhor momento para estes trabalhos é pela manhã antes de levantar e ao deitar antes de dormir desde que o espaço da ultima ingestão de alimentos seja de 3 horas.
Lembremos que o diafragma fica sobre o estômago tendo acima dele o coração, por isso, com estes exercícios, estaremos auxiliando os movimentos dos aparelhos circulatórios e digestivos oxigenando-os com movimentos conscientes da expiração. Fazemos assim, uma massagem visceral; uma limpeza de toxinas.

Durante os exercícios que sinalizarei abaixo, utilizaremos três modalidades respiratórias que eu chamarei de:

MA - expirar durante o movimento com o corpo, manter o movimento durante a entrada do ar e voltar o movimento junto com a expiração (princípio do Pilates).
MB – expirar durante o movimento com o corpo, manter o movimento, deixar o ar entrar e expirar novamente intensificando a pressão (contração) do movimento. Ao voltar, fazê-lo com a expiração.
MC – inspirar sem puxar o ar de fora e sentir a expansão da caixa torácica. Manter esta expansão e expirar. Inspirar novamente procurando ampliar a expansão e depois expirar deixando o ar desmanchar naturalmente o movimento da caixa torácica.

Atenção!
É importantíssimo não esmorecer os processos de contração observados na expiração quando estiver desmanchando o movimento do corpo. Conscientizar que o processo respiratório é o mesmo independendo da qualidade tonal dos movimentos é muito importante para que possamos manter dentro do Sistema nossas ondas de retorno. Quando a saída do ar leva o movimento para uma hipotonia, a entrega vira abandono e as ondas vibratórias produzidas no CF se perdem aumentando a retenção das vibrações energéticas da medula nas fáscias (SNP). O mesmo acontece ao revés quando a saída do ar não acontece por inteiro. Ou seja...expirar demais ou de menos desajusta o equilíbrio tonal.

Exercícios
 
Deitar e dobrar as pernas apoiando os pés no chão ou cama. Colocar apoio para cabeça. Colocar as mãos sobre as costelas afastando os cotovelos. Dar tempo para captar sinais de observação sobre o momento corpóreo.


Focar a atenção na região sacral (final da coluna vertebral). Começar o processo respiratório MA. A cada expiração, pressionar o sacro no chão. Repetir no mínimo 3 vezes e no máximo 5 vezes. Observar o movimento natural que surgirá no crânio.
 
Ao finalizar, coloque as mãos embaixo do quadril ladeando o sacro. Pratique o processo respiratório MC apenas 3X.
 
Volte ao processo MA utilizando como movimento as sobrancelhas. Ao expirar sobe as sobrancelhas, etc...
 
Seguindo comece a utilizar o processo MB com o movimento de pressurização do pé direito. Mantenha a pressão ampliando-a por no mínimo 3X e no máximo 5. Repita com o pé esquerdo. Observe o movimento natural da pélvis.
 
Retire as mãos. Espreguice muito o corpo buscando bocejo amplo. É importante lembrar que, a cada exercício, as reações do corpo devem ser muito respeitadas, sejam elas quais forem. Caso surja ondas emocionais deixe que brotem. Ex.: choro, riso, agonias, tremores, arrepios, tudo não passa de energias retidas que precisam fluir livremente. A retenção das mesmas é a causadora de do®enças.
 
Retorne à posição inicial e concentre-se nas sensações que captar. Faça uma re.Visão re.Lembrando como se percebia ao iniciar o trabalho e como está no momento. Registre na memória por um tempo o que está sentindo. Este exercício auxilia na mudança de sintonia sensória ampliando o grau da consciência.
 
Continuando...(se quiser); junte as pernas e cruze a direita sobre a esquerda. Leve os braços para cima colocando as mão embaixo do crânio com os dedos entrelaçados. Se os cotovelos não abrirem totalmente, apóie-os com almofadas para não forçar a articulação umeral. Dê um tempo para perceber os dedos das mãos, pés e boca. A mandíbula sempre muito solta e pesada, levando com ela a língua.
 
Comece a pressionar a perna direita na esquerda usando a respiração MB 3X Comece a deixar a perna direita conduzir a esquerda para o lado sem descruzá-las mantendo a respiração MB mais 3 x. ao final retornar ao centro com expiração. Dê um tempo e sinta se vai querer repetir. Caso contrário, solte braços e pernas espreguiçando muito. Repita o outro lado.
 
Abra os braços com as palmas das mãos no chão mantenha os pés bem alinhados e suba o quadril utilizando a respiração MA. Total de 5 X.
 
Volte com as mãos para baixo do crânio, pernas dobradas, feche os braços em volta do crânio. Usando a respiração MB, deixe que os braços levantem o crânio. 3X e retorna com a expiração. Repetir no mínimo 3X o total.
 
Abre os cotovelos e pratica a respiração MC algumas vezes.
 
Espreguice MUITO e deixe o corpo criar movimentos usando os diversos tipos de expiração que surgir.

Bom dia! Boa noite!  
    


7 de agosto de 2015

COISAS DE VIAGEM II

ou ...Id x Ego ou ... CO x CF ou ainda...Q x PQ.


Toda organização alimentar previamente traçada pelo Ego de acordo com o PQ, cai por terra com apenas um olhar aguçado do Id que esperneia e berra no CO fazendo valer o Q.

Pronto.
Acabam-se os cálculos financeiros; emudecem-se as frases " posso isso; não posso aquilo. Devo isso; não devo aquilo" Desmoronam-se os conceitos, regras, normas que o meu Ego traçou para mim.
Este meu Id informal, infernal, levado, anormal, sapeca e temperamental me leva a gastar um dinheiro que não podia para satisfazer uma gula que, ainda por cima, meu PQ grita:"Você não pode!"

E lá se vai meu CO gargalhando, com expressão travessa, se deliciando com a guloseima cara. Tudo bem; resgato meu conhecimento do idioma italiano e faço meu CF entender que "cara" é "querida". Um pouco de amorosidade com esta criança por favor!

Pois é! Estes dois as vezes, quando entram em conflito, me fazem rir. Há um tempo atrás me enlouqueciam. Não sabia o que fazer com comandos tão distintos e dissonantes. cada um me puxava para um lado e as tramas do CF (Sistema Nervoso Periférico) se estressavam excessivamente. Resultado: neca de ar no meu planetinha sistêmico.
Hoje, ao perceber o que tinha acabado de fazer motivada por minha alma, lembrei de meus netos.
Imediatamente um bebê próximo a mim começou a chorar e a mãe, com expressão de medo da perturbação que o choro podia causar nos outros, calou-o com uma chupeta e um chacoalhar que dizia: " Cala a boca, por favor!"
Eu disse ao meu Id: "Coma com prazer. Não há nada mais valioso que isso. É conquista sua!"
Ao mesmo tempo abracei meu Ego e falei:" Fique tranquilo. Expire. Lá na frente iremos repor o que ficou faltando."

E comecei a me exercitar, porque senão o CF não me entende muito bem. Pra conviver com este Q tão tinhoso e rebelde é preciso muito mais do que somente pensamentos.

Hummmmm.... sigo me deliciando com a arte de minha essência transformada no momento em castanha de caju caramelada. Compartilho com Lavínia e Luke! "Hummmmmm... esconde...esconde... estamos comendo antes do almoço."

6 de agosto de 2015

Coisas de Viagem I

Estou vivendo momentos de profundo prazer onde o estado de maravilha diante da vida, poderia me levar ao delírio caso não tivesse plena consciência da estrada percorrida até aqui.

Se eu não tivesse registrado minha trajetória através de diversas formas de expressão; se não tivesse feito o relatório completo das vivências, não tivesse criado um método com princípio, meio e fim para me orientar,hoje certamente poderia estar em estado de doença mental, caso já não tivesse desintegrado esta matéria por excesso de aflições, agonias, falta de oxigênio.

Ao invés disso, encontro-me na bolha da paz onde CO, CF e CE entrelaçam-se em uma coreografia limpa, bem executada, cujos mínimos detalhes são percebidos durante a execução. A consciência plena existe in.mim.

Permito-me olhar para trás, rever os passos dados não mais com o sentimento amargo causado por julgamentos e críticas; não mais me coloco no banco dos réus; não lastimo tempos perdidos nem busco reencontrá-los no presente. Vejo meu passado no presente e este me sinaliza o valor de tudo que foi vivido como foi vivenciado. Nada poderia ter sido diferente porque se tivesse sido, hoje não estaria sendo como está.

Sentindo-me assim, questiono:" O que nos faz depreciar ou valorizar excessivamente os momentos da existência?"
Não falo por todos, mas por alguns nos quais posso me espelhar. Naqueles que me são bem próximos; até mesmo familiares ou parentes. Não falo pela humanidade planetária, apesar de sentir que poderia fazê-lo por me ver partícula da "farinha do mesmo saco". Falo pela tribo de Moitakuá.

Nestes seres humanos que me cercam, vejo refletir todos os processos de desajustes percebidos, sentidos e experimentados por mim. Vejo a guerra que o CO trava com o CF ( e vice-versa), transformando o CE em campo minado ao invés de campo de defesa pessoal. Para mim, estas batalhas se resumem hoje em algo simples: falta de oxigênio resultante da incapacidade diafragmática de expirar. 
Talvez consiga a partir de agora, orientar melhor neste sentido. 
Com sentido.
Pelos sentidos.

Quem sabe?