19 de abril de 2012

Sentidos X Sentimentos - ou de como a arte reprime a arte


Como você usa seus sentidos?
       Por Moema Ameom em 17/04/2012

Vamos navegar pelos meandros dos sentidos focando-os como sendo produções neurais do encéfalo. Através da captação sinestésica do som e imagem – audição e visão – os impulsos neurais formam a matéria orgânica. Desde os primeiros momentos uterinos este é o movimento artístico que dá vida aos seres humanos e demais seres vivos do planeta. 

Agrupamentos moleculares constroem células dando sentidos às mesmas, através das informações que captam dos movimentos externos. Quando o assunto é ser humano, podemos dizer que estes estímulos uterinos, são provenientes da mãe que, por sua vez, assimila cinestesicamente daqueles que a cercam (principalmente do pai), estímulos sensoriais para levar a termo a gestação.
 A qualidade de formação do soma, portanto, dependerá da qualidade de processamento dos sentidos, ou seja, de como serão processados pela mãe. Sinalizo aqui que não estou me referindo aos fatos externos mas sim aos movimentos que a mãe cria internamente com os mesmos.De nada adiantará belos movimentos externos se a mãe os transformar em calvário e vice-versa.
Os demais sentidos – paladar e olfato – são condimentos sinestésicos complementares no caldeirão da cinestesia. Não vamos discorrer sobre todos os outros que fazem parte do Sistema Humano para que possamos nos deter nestes que são os básicos.

Sendo assim, o encéfalo é o órgão captador dos estímulos sensoriais que irão criar o soma e a psique gerando a conexão e/ou comunicação entre o mundo interno X externo. Podemos brincar de posicionar os sentidos como sendo os informantes do superego e vice-versa.

Quando os sentidos não ganham espaço-tempo para formar a consciência  construindo os sentimentos, o Sistema se secciona perdendo sua unidade. A caixa craniana – morada do encéfalo –, não comunga com a caixa torácica – morada do coração.
Para conhecermos o caminho da união de ambos – equilíbrio emocional -,é preciso aprender a aprender que, ao excitarmos os sentidos em excesso através de: leitura, vídeos, filmes, meditações, e toda a gama de audiovisuais, hoje tão comuns na sociedade, acabamos por exacerbar a sinestesia (sentidos) criando uma extensa rede de medo (tensão oriunda da desregulagem do tônus) responsável pela secção entre a psique e o soma. Isto sem falar que a própria Psique irá se subdividir separando o id do ego, enaltecendo as funções do superego.

Quando isto acontece a parte cervical da Coluna Vertebral se congestiona por falta de processamentos dos movimentos vitais provenientes do Sistema Nervoso Central – medula espinal. Com uma cervical sobrecarregada, a parte lombar também sofre congestionamento devido à falta de apoio (que deveria ser construído com os impulsos da cervical) para processar os movimentos do Sistema Nervosos Periférico provenientes das fácias – capa energética dos órgãos . Os movimentos da ARTE de viver são obliterados e passam a reprimir os sentimentos.

Sentimentos, portanto são sentidos que, uma vez experimentados pelo Corpo Físico, ampliam níveis de consciência sobre as ações e reações oriundas das redes nervosas, gerando equalização para as ondas emocionais.

Se esta experiência for realizada sem uma orientação que priorize o tempo orgânico (tempo biológico) de in.evolução, onde os movimentos circulares são notórios, levará o Sistema a se defender da própria vivência, construindo bloqueios energéticos que, dentro da teoria Reichiana são denominados couraças e na Life Energy Therapy® de cassetes de energia. 

Estes movimentos retidos (teoria de Moitakuá) são os causadores das do®enças físicas, mentais e espirituais por não permitirem o processamento do fluxo vital nas redes dos Sistemas Nervosos.

Sendo assim, para que a arte de realizar possa ser conduzida aos processos criativos que venham a dar suporte para o recircular da arte de viver, é fundamental que a maneira de captar os sentidos seja muito bem observada para que saibamos como nos conduzir para a construção de sentimentos verdadeiros.
Um dos princípios primeiros para que esta brincadeira tenha bom termo é cuidar dos movimentos das vértebras cervicais, sem esquecer sua ligação com as lombares.

Vamos cirandar com o id? Cirandinha ... meia volta com o ego vamos dar!

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