Estou vivendo momentos de profundo prazer onde o estado de maravilha diante da vida, poderia me levar ao delírio caso não tivesse plena consciência da estrada percorrida até aqui.
Se eu não tivesse registrado minha trajetória através de diversas formas de expressão; se não tivesse feito o relatório completo das vivências, não tivesse criado um método com princípio, meio e fim para me orientar,hoje certamente poderia estar em estado de doença mental, caso já não tivesse desintegrado esta matéria por excesso de aflições, agonias, falta de oxigênio.
Ao invés disso, encontro-me na bolha da paz onde CO, CF e CE entrelaçam-se em uma coreografia limpa, bem executada, cujos mínimos detalhes são percebidos durante a execução. A consciência plena existe in.mim.
Permito-me olhar para trás, rever os passos dados não mais com o sentimento amargo causado por julgamentos e críticas; não mais me coloco no banco dos réus; não lastimo tempos perdidos nem busco reencontrá-los no presente. Vejo meu passado no presente e este me sinaliza o valor de tudo que foi vivido como foi vivenciado. Nada poderia ter sido diferente porque se tivesse sido, hoje não estaria sendo como está.
Sentindo-me assim, questiono:" O que nos faz depreciar ou valorizar excessivamente os momentos da existência?"
Não falo por todos, mas por alguns nos quais posso me espelhar. Naqueles que me são bem próximos; até mesmo familiares ou parentes. Não falo pela humanidade planetária, apesar de sentir que poderia fazê-lo por me ver partícula da "farinha do mesmo saco". Falo pela tribo de Moitakuá.
Nestes seres humanos que me cercam, vejo refletir todos os processos de desajustes percebidos, sentidos e experimentados por mim. Vejo a guerra que o CO trava com o CF ( e vice-versa), transformando o CE em campo minado ao invés de campo de defesa pessoal. Para mim, estas batalhas se resumem hoje em algo simples: falta de oxigênio resultante da incapacidade diafragmática de expirar.
Talvez consiga a partir de agora, orientar melhor neste sentido.
Com sentido.
Pelos sentidos.
Quem sabe?
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