27 de dezembro de 2014

MORTEVIDA VIDAMORTE

  A morte fala do que passou, o que foi vivenciado, acabou, ponto final. Final? 
O que fazemos com o the end ?
Esquecemos? 
É possível?
Desejamos que seja ou fomentamos o que ficou para trás intensificando o que não foi vivenciado?
Ficamos atados às pedras por onde passamos por medo da correnteza que a vida nos traz?
Esta, presente no presente, é impulso para o aprender a aprender.

Da morte ganhamos a essência; fortalece as lembranças que devem brincar no ar como bolhas de sabão. Ao brincar constroem o momento com o que fomos. O que ficou do que fomos. O que foi processado. 

Jamais deixaremos de ser o que fomos mas a vida, em seu permanente diálogo com a morte, nos leva a nadar na correnteza medular do momento onde colhemos novidades; renovação.
Vem deste mágico entrelaçamento, onde princípio, meio e fim cantam em uníssono, a trilha sonora para o espetáculo do cotidiano.
Ouvimos? Aprendemos a cantarolar? Deixamos a melodia penetrar pelos poros? Captamos suas vibrações pelos ossos?
Ou nos fazemos surdos, mudos e cegos para não nos aventurarmos no desconhecido?
Lançamo-nos no espaço vital que esta dança nos apresenta? O que perdemos já foi perdido...passou.
O que ganhamos?
Saberemos se estivermos livres para aprender. 
Ou pegamos ou largamos?
O pulsar vital encontra-se na união e reunião de ambos os movimentos.
Mortevida faz o momento valer a pena!

 
 

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