Atualizações sobre os projetos idealizados e realizados por Moema Ameom, criadora de Moitakuá
10 de março de 2014
SUSTO
Por Moema Ameom
Partimos do conceito: ação X reação, princípio básico dos movimentos vitais.
Dentro da ação encontramos os movimentos de concentração e expansão assim como nas reações. Portanto, transformando o conceito inicial, percebo como fundamentos vitais as energias (+) e (–) onde, trazer para dentro o que está fora (recolher) transpondo-o para o exterior (expor), produz a qualidade individual de vida.
Vitalizar será assim, regular (equalizar) estas ondas energéticas nos Sistemas Vivos, dentre eles o Humano. Desvitalizar é impedir, através da educação e/ou orientação social, a partilha entre estes processos naturais.
Visualizar a totalidade nos permite perceber que a desregulagem surge quando um dos impulsos (+ ou -) ganha predominância nas ações e ou reações.
Os estados emocionais e suas cargas vibracionais são a fonte reguladora destas ondas que regem as motivações sistêmicas.
Trazendo o Ser Humano para desenvolver o presente estudo, podemos observar a importância do foco no objetivo como sendo o fio condutor de todos os princípios de motivação que orienta o Sistema.
Hoje em dia ouve-se muito a frase: "Você deve seguir a voz do coração." Mas, o que justamente significa isto? Como ouvir a voz do coração se não formos capazes de ouvir a voz interior proveniente dos sentidos, instintos e intuição? Como ouvir o som proveniente dele sem aquietar os excessos de ansiedade e expectativa que tanto alteram os sons da consciência?
Permanecer no foco do objetivo é o mais importante para a regular as cadeias do hipo/hiper tônus, responsável pela mecânica do Corpo Físico, máquina equalizadora do Sistema em sua totalidade.
O susto coloca este Sistema diante de uma retenção de movimentos por algumas frações de segundo produzindo uma paralisação momentânea de reação. Sendo o medo visto como linha limítrofe entre o abrir/ fechar; dar/receber; acertar/errar, o susto vem a ser a paralisação do medo dentro das vísceras do CF.
Quando o organismo leva um susto reage retendo o fluxo das ondas viscerais criando, consequentemente, uma ação de antifluxo. Nesta fração de segundo, este antifluxo é a defesa quanto à reação, necessária para proteger o coração diante do jato sanguíneo que recebe no ato do impacto emocional.
Congela a reação.
Logo em seguida a tendência é descongelar através de reações desreguladas e descompassadas. O Sistema desafina por momentos para logo após, (havendo respeito ao seu biorritmo), retornar aos seus pulsares naturais.
A natureza nos sinaliza isto nos temporais, ventanias, tremores de terra, onde o tempo tudo transforma e reorganiza.
Na infância (principalmente nos primeiros quatro anos de existência terrestre) o total respeito às reações viscerais diante destas paralisações é imprescindível para que os processos cognitivos, regentes do Soma, não guardem em seus registros medulares, movimentos de retenção. Isto porque, guardando-os, formará passo a passo uma couraça de proteção que alterará a estrutura óssea e acabará por dificultar os meios de comunicação entre os Corpos do Sistema afastando a essência vital da sua total integração entre eles e os demais movimentos vitais do planeta e do Sistema Solar – Universo.
Estas paralisações diante dos sustos passam gradativamente a gerar padrões de comportamento que se refletirão nas atitudes mecânicas da matéria.
Um deles, tão comum em nossos dias é a Síndrome do Pânico, onde o medo das próprias reações gera a distância da vida criando a sobrevivência e seus códigos de marketing.
Sendo assim, "brincar de assustar", "fazer de conta que não se assustou" ou impedir as reações naturais diante dos sustos conhecidas como: choro, grito, sapateio, berro, riso convulsivo, tremores e arrepios dentre outros, é não permitir que o corpo vivencie em plenitude os benefícios que o susto pode trazer para o organismo. Benefícios estes que serão justamente intensificar as ondas emocionais permitindo um jato a mais de adrenalina (hormônio) no organismo para logo em seguida banhar-se de endorfina.
Os conceitos de que estas reações são pejorativas ou sinais de fraqueza, fragilidade (nos seres masculinos) ou histeria e dengo (nos femininos) – e vice-versa -, vai distanciando os seres dos seus sensos de humanidade.
Evitar brincadeiras para provocar sustos e/ou respeitar as reações diante de tais situações, é o mínimo que se pode proporcionar aos seres em formação e aos adultos que pretendem conhecer suas crianças (mestres) interiores encolhidas dentro das capas de defesa orgânica.
Os "sustos benéficos" são aqueles provocados quando percebe-se uma certa catatonia do Sistema e só deve ser provocado por quem conhece como fazê-lo e em extrema necessidade.
Tolher reações ou exacerbá-las torna-se sinais evidentes de desregulagens emocionais.
Observar estes desequilíbrios para com eles aprender a se Re.conhecer (reconhecendo os outros) é o caminho a seguir para aqueles que quiserem se harmonizar com os movimentos vitais.
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