21 de julho de 2011

Dançando a rua

Por Moema Ameom
A dança de rua originou-se nos Estados Unidos, em 1929, época da quebra da bolsa de Nova York e da grande crise econômica. Músicos e dançarinos dos cabarés americanos urbanos, desempregados como conseqüência da crise, passaram a realizar suas performances nas ruas. [...] As músicas, independente do estilo de Street Dance, têm a batida forte como principal característica [...]
Quando o desespero toma conta do Sistema nada melhor do que colo de mãe, mesmo que seja a Mãe Natureza...orgânica. Se não tem espaço para buscar a mãe onde foi gerado o Homem cria processos que possam conduzi-lo de volta ao útero materno. As batidas fortes e ritmadas da Street Dance conduz a memória cognitiva ao resgate daquele momento vivenciado com plena proteção.  Lá, nas águas sangrentas, onde nada que venha do exterior machuca a alma, devido ao filtro mantido pelos processos emocionais do corpo que gesta movido pelo instinto de preservação.
Mais do que um estilo de dança influenciado por vários ritmos, a dança de rua sempre foi associada à cultura e a identidade negra, sobretudo a partir da década de 70.
Vamos bater os tambores da Mama África !!!
Relembrar a primitividade sempre é muito bem vindo quando os sentidos estão inundados de medo; quando olhamos ao redor e não encontramos saída. Nos momentos de caos, a razão perde o rumo do intelecto, do conhecimento linear e se une à sensibilidade. Esta união, feita à revelia dos desejos inseridos na coordenação motora por serem incontroláveis, conduz o homem ao caos. Nestes momentos só mesmo buscando o sagrado existente nas danças das ondas emocionais. Sem rumo, sem códigos, sem conceitos, apenas batendo os tambores para a.cor.dar o pulsar da vida.Busca-se intuitivamente auxiliar o coração nos movimentos vitais da sístole/diástole para que a materia não se desintegre. E viva a rua!...palco democrático de expressão!
http://www.infoescola.com/danca/danca-de-rua/

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