9 de dezembro de 2012

Minh`Arte



               O palco, para mim, é um templo e a arte, minha mais verdadeira e profunda religião.

É ela quem me religa ao divino da existência; ao imponderável, inexistente, inimaginável, inexplicável e impossível.

Vem dela o que me envolve e revolta; o que me faz brincar de ser.

Esta gota de conscientização que acaba de me complementar, possibilita-me ver, ao olhar para trás,os malefícios causados em mim, pela convivência com a mediocridade proveniente dos conceitos deturpadores da arte. 
Independentemente de qual seja o palco onde estou, seja ele a cozinha de minha casa, o ônibus que me leva ao trabalho, o supermercado, a pracinha onde observo minha neta brincando, o banheiro onde vou defecar, a praia, a montanha ou até mesmo aquele espaço que clareia e justifica o nome, a artista se manifesta no ato de respirar, superar, arriscar, ousar e amar!

Com pura magia o AR tudo transforma. Ele é o grande artista. O Deus Maior! Ele produz o sOM e este cria e recria as formas.

SIM. 
Foi longa e extenuante a caminhada! 
Foi densa, tensa e sufocante. 
Fiz-me refém e libertei-me! 
Sentei no banco dos réus, julguei-me, critiquei-me, aprisionei-me e muito me puni. Mas, agora, ab-solvida, acendo as luzes do meu camarim e, devidamente bem maquiada por minhas ex.pressões, visto o belo figurino que o tempo desenhou em minha pele e entro em cena sem precisar de aplausos. 

Vou para extrair o prazer do meu sucesso interior! Faço do vazio e do silêncio a perfeição!

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